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Ato em Sampa!

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Isto é uma ficção, portanto os nomes são os que eu escolhi...


São seis horas da manhã, Zé da USP acorda, ainda meio sonolento se dá conta, ele está na reitoria: junto com ele dezenas de outros, a Maria, a Priscila, o Pedro, o Pedrão, o Tonico, a Ju, a Lu e a Su, todos alunos da USP.


Eles entraram na USP depois de derreter meses em cima de livros: primeiro porque é difícil, e estes, em especial, vieram de escola pública. Rapaz, nesta época, então... faltava professor, faltava giz, faltava sala, mas eles tinham um sonho. Suaram, deixaram muita balada pra depois, desistiram de ir ao cinema (nem sempre, que ninguém é de ferro), estudaram, estudaram e estudaram... Passaram. Venceram uma lógica que exclui, junto com o Marcelo, o João, a Giovanna, a Maria Clara que vieram de escolas particulares e estudaram muito também.


Escolheram a USP também por conta de um sonho. O sonho, que os uniu era o de estar numa universidade que se pensasse como um lugar de produção de conhecimento, e não apenas de formação profissional. A história da USP é assim: formou grandes médicos, juristas,arquitetos, sociólogos, filósofos, matemáticos, físicos, historiadores, artistas plásticos, jornalistas, nutricionistas, educadores, enfim uma gama tão grande de grandes nomes da cultura, da ciência, da tecnologia, das artes, das humanidades, das exatas brasileiras. Este sonho está sendo ameaçado há muito tempo, e eles foram se dando conta disso:: faltavam professores, quando chove salas inundam, não há verbas para as pesquisas que fizeram da USP este lugar de excelência...

E aí, vieram os decretos. Eles pensaram: é insustentável, deixe a USP fora disso, deixe as Universidades em paz, uma grande jurista gritou. E agora eles lutam: pela USP, pelo sonho de um espaço aberto que abrigue todas as classes na produção de uma Universidade que dê conta de ampliar a sua busca, de democratizar seu debate, de validar a sua autonomia.

Valeu, galera. Que o Brasil inteiro aprenda a sonhar junto, que o sonho se torne do tamanho do Brasil.





TODO APOIO AOS QUE LUTAM
PELA UNIVERSIDADE PÚBLICA E GRATUITA,
AUTÔNOMA,
E QUE REALIZA,
JUNTO COM O POVO
UM BRASIL MELHOR PARA TODOS.



3 comentários:

Anônimo disse...

Achei no Correi do leitor da Folha hj
Serra


"Os meses estão passando e não temos nenhuma avaliação do governo Serra. O que o governador pretende, além de tirar a autonomia das universidades e na educação básica colocar uma estagiária para 'ajudar na alfabetização dos alunos'? Até agora não fez nada para reverter a situação caótica dos salários dos servidores do Estado, legado do seu próprio partido. Se a intenção de Serra é fazer caixa para 2010, quando pretende, enfim, chegar à Presidência da República, só nos resta torcer e votar em Aécio Neves."

MARA CHAGAS (São Paulo, SP)


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Universidade


"O secretário Pinotti, agora em mais uma medida que lembra a ditadura, quer determinar ao jornal quais são os fatos. Fato também é que o governador Serra mudou a legislação e, entrando em vigor agora ou em 2008, ela retira autonomia da universidade, como a própria reitora da USP havia reconhecido no início do ano. Agora, pressionada, a reitora mudou de opinião. Nós lemos a lei, estamos bem informados e preparados para o debate. Pinotti e Serra querem limitar a autonomia universitária sim, por meio de seus decretos, apesar de todos aqueles que tem rabo preso com eles dizerem o contrário."

FLÁVIO AGUIAR MENDES (São Paulo, SP)

Anônimo disse...

é de extrema importancia q todos da sociedade tomem conhecimento a respeito dos decretos, na mídia é mostrado o que convém ao governo...
nós estudantes da usp queremos uma universidade de qualidade!

Anônimo disse...

Moção à Reitoria da USP

A Assembléia Geral da Adusp, reunida em 25/05/07, dirige-se à Reitora da USP, Profa. Suely Vilela, com vistas a pôr fim à grave ameaça que paira sobre a autonomia universitária caso a ação de reintegração de posse da Reitoria, ocupada pelos estudantes, seja executada através de ação policial.

Reivindicamos, para tanto, que sejam reabertas as negociações já empreendidas com os estudantes, e que sejam acionados os mecanismos jurídicos pertinentes para que a ação da reintegração de posse não seja executada.

A procura de uma saída pacífica, negociada através da discussão, e restrita à comunidade universitária, é a única que condiz com o espírito democrático e autônomo que deve imperar na universidade pública.

Assembléia Adusp 25/05/07